Como puderam observar por meio das mídias ou, até mesmo, participar ativamente, estamos vivenciando uma revolta em nosso país. Sou uma eterna apaixonada pela mágica da TV, mas, cautelosamente, busco analisar o "outro lado da moeda". E por falar em moeda, dizem que são elas o motivo de todo este escarcéu. Você acredita que vinte centavos é o motivo de todo este circo? Quer saber a minha opinião? Então vai lá:
Tapamos nossos olhos a fim de dormirmos em paz. Dormimos. Pintaram a nossa cara, bordaram a desgraça em nosso país. Enquanto, docemente, soletravam D-E-M-O-C-R-A-C-I-A aos "pés" dos nossos ouvidos e sonhávamos utopicamente com as "margens plácidas", nos desarmaram. Tiraram de nós o direito à educação, à saúde, à segurança, ao vinagre. Deixaram-nos, definitivamente, pelados. Pelados da vida. Pensaram que jamais acordaríamos. Mesmo ainda muito cansados, o despertador tocou. É hora de acordar! A "pátria amada" já não era a mesma que deixei quando, exausta, optei por dormir. Estava cinza e violenta. Aqueles que, supostamente, deveriam nos defender, agora lutam contra nós. Tentam apagar, à borracha da bala, a verdade estampada e vergonhosa diante dos nossos olhos. Disseram que era mesquinharia, que vinte centavos era bobagem. Mas não, honestamente, não estamos falando de "apenas" vinte centavos. Estamos revoltados por não admitirmos mais que nosso povo seja estuprado. É que, desculpem o termo, não dá mais para sermos "putas" de governo nenhum. Não queremos mais ouvir que não devemos isto, não devemos aquilo. Me contaram, há um tempo atrás, que a ditadura acabou. Que o povo tinha um enorme poder decisivo em mãos. Mas o que vejo é absolutamente o oposto. Dou sorte porque ainda consigo ver, em ambos os sentidos. Eles que se cuidem, porque, a partir de agora, as coisas funcionam exatamente como disseram: selvagens. Vamos brigar, sim, pelos nossos direitos, nem que, para isto, tenhamos que parar as ruas, as cidades, os estados, o país, o mundo.
Este texto fora feito por mim (Thaís Palma), num momento de revolta, assim pode-se dizer. Sinceramente, ando muito infeliz com a realidade de nossa nação. Que a nossa voz nunca se cale!
